As Voltas de Macada

O dia de ontem estava fantástico e serviu para vingar das persistentes chuvas primaveris. Iniciei o dia com uma jornada de duas horas acompanhado de um colega. A tarde iniciou-se na Casa de São Brás da Torre para conhecer o portal da propriedade e as suas imediações. E vindo da Casa de São Brás da Torre, cheguei finalmente às Voltas de Macada, local que já idealizara visitar há algum tempo.
As Voltas de Macada são um antigo troço oitocentista da estrada real que ligava Braga ao Porto. Foi classificado, apenas no ano passado, como monumento de interesse municipal. Situa-se na extremidade de Vimieiro com Priscos. Trata-se de um monumento único, sendo um dos testemunhos, ainda que residual, da modernidade das infraestruturas rodoviárias em Portugal, projetada na primeira metade do século XIX.

Este tramo reúne um conjunto de 9 rampas declivosas e outras tantas curvas com raio de 1800, dispostas em ziguezague, destinadas a vencer um desnível de 32 metros ao longo de uma extensão de 600 metros. As árvores presentes no local são maioritariamente o carvalho-alvarinho e o sobreiro. A topografia e a envolvente conferem um peculiar enquadramento paisagístico tornando-o como interesse de Paisagem Cultural que importa salvaguardar e intervir no sentido da sua valorização, preservação e proteção.
O topónimo “Macada” deve-se ao método de construção de pavimentos de estradas rodoviárias (sistema Macadam) atribuído ao britânico John Loudon Mac-Adam (1756-1836).
No local, infelizmente não existe qualquer informação. Do tempo que lá permaneci também não passou ninguém. Está assim, esquecido!