Até Vila Verde, com uma lombalgia
A lombalgia, especialmente dolorosa ao acordar, pode revelar-se um sintoma bastante incapacitante. Tão incapacitante que nos últimos dias o simples facto de me vestir ou calçar-me torna-se uma tarefa hercúlea. Mas, o quão demovente isso pode ser para evitar andar de mota? E se mesmo assim me atrevo a fazer à estrada em duas rodas, em que grau me encontro de paixão e satisfação para me sentar na minha Vision e seguir viagem como analgésico e como fim de todas as curas?
Certo é que a lombalgia dos últimos dias tem-me acompanhado em cima da minha Honda Vision 110. Na sexta-feira para o trabalho, ontem para uma ida a Vila Verde. E hoje, já me sinto bem melhor!
Custou-me a remover a cobertura que todos os dias coloco na mota, mas depois de me sentar nela, já só queria sentir o vento a bater-me. E segui viagem para o concelho vizinho de Vila Verde.
Vila Verde foi uma espécie de logradouro da alta nobreza do Condado Portucalense. A riqueza patrimonial, cultural e arquitetónica encontra-se espalhada por todo o concelho. Não se encontra especialmente concentrada na vila. As festas e romarias ocorrem durante todo o ano. As festividades religiosas e pagãs convivem em comunhão e complementam-se.
Apresentando valores mais baixos, no que ao imobiliário diz respeito, Vila Verde encontra-se com novas construções em altura e apresenta um aumento populacional. Localizada nos arredores da cidade de Braga é uma opção de habitabilidade com custos mais reduzidos.
No centro da vila, encontra-se a chamada Porta Histórica de Vila Verde, conforme o registo fotográfico que aqui publico, indício de local outrora ocupado por quintas e extensas propriedades senhoriais.
Apesar da previsão de tempo quente, a manhã ainda se fez fresca e com a tensão nas minhas costas, levei-me por caminhos com menor exigência na velocidade. Então, optei por atravessar a cidade e andar por estradas cuja velocidade permitia desfrutar mais do passeio sem que o relógio mandasse. Algo que, com a melhoria da minha condição já não fiz no regresso, abraçando todo aquele vento na chamada Variante de Prado.
