A despedida

Hoje foi uma das últimas saídas com a Peugeot Speedfight 2, a minha primeira scooter e ainda a atual.
O passeio desta manhã de sábado, aproveitando os raios de sol, envolveu idas ao supermercado e à farmácia, terminando às portas do cemitério onde o anterior proprietário foi sepultado.
É curioso quando a morte de alguém, mesmo que numa moto, se torna numa inspiração para outro – como eu – que se ergue e se torna num motociclista, como que continuando um legado.
Esta moto, com todas as suas limitações, tornou-me uma pessoa mais sociável, tranquila e com menos preocupações. Deu-me mais tempo para aquilo que me apetecer. Deu-me portanto, mais liberdade, seja no trânsito, na brisa que nos percorre ou no tempo que ganhamos e que não ficamos parados. Deu-me cheiros, paisagens e surpresas.
Quero um pouco mais de potência, maior conforto, espaço e poupança no combustível. Vou ganhar tudo isso com a Honda Vision 110. E mais liberdade, e outros cheiros e paisagens, e surpresas!