A minha primeira scooter
Corria o ano de 2023 quando em agosto dá-se uma tragédia. Um amigo dos meus enteados faleceu em cima da Benelli 302 cá de casa, destruindo-a. O choque foi enorme, pela jovialidade dos 22 anos da vítima mas também por ser um rapaz que vinha a nossa casa, aparecendo frequentemente numa Peugeot Speedfight 2 e mais tarde numa Benelli BN 125.
Demorei a interiorizar o seu falecimento, e só meses mais tarde visitei a sua campa.
Familiares do falecido entenderam passar para um dos meus enteados as motos, como forma de compensar de alguma maneira a destruição da Benelli 302.
A base histórica é de lamento e tristeza, mas é este episódio que me volta a pôr na estrada, com a passagem da velhinha scooter de 50cc da Peugeot para mim. E é após muitos anos que a partir do dia 15 de abril de 2024 regressei à estrada em duas rodas, encostando completamente o carro para as deslocações mais próximas e solitárias.
Desde então, tenho ido na minha Peugeot Speedfight 2 todos os dias, faça chuva ou faça sol, trabalhar ou às compras. Para deslocações dentro da cidade de Braga ou para os seus arredores. Esta mota contribui para a minha qualidade de vida e variáveis como o trânsito ou o estacionamento deixaram de existir!
Nunca tinha tido uma scooter mas o que ela representa em simplicidade e facilidade marcou-me para sempre. Digamos que tenho sido feliz com ela mas, ainda assim, não é a scooter ideal para mim.
As vantagens básicas da Peugeot Speedfight 2 são semelhantes a qualquer scooter, no entanto, esta mota não oferece muito conforto e a plataforma não é plana, dificultando a possibilidade de transportar, por exemplo, um saco de compras. Além do mais, é uma mota antiga que está limitada na sua potência, não estando preparada para circular nas variantes da cidade que permitem e exigem velocidades mais altas.
Apesar do espaço de armazenamento debaixo do banco – muito útil, e uma das razões que me faz adorar as scooters – falta espaço para transportar carga extra, falta maior conforto na suspensão, não ajudando também nada o desenho do banco. O espaço para as pernas não é crítico, mas também não é o ideal porque me obriga a sentar numa zona mais atrás no banco.
São estas as razões, mais o facto de estarmos a falar de um velhinho motor a 2 tempos, sempre com os bofes de fora e a notar-se nos consumos do combustível, que me levam a vender a minha atual scooter e a avançar para a compra de uma nova, mais adaptada às minhas necessidades, sem grandes exageros, porque gosto de simplicidade e praticidade.
Nesta altura, e pelo nome do blogue, já devem ter adivinhado de que marca vai ser…